Esta espécie de censura passou a ser comum e podemos considerá-la como um passo em direcção aquilo que iremos designar como "academismo".Em 1582 uma publicação intitulado "Discurso" de um tal Cardeal Paleotti impunha a ideia da necessidade de um controlo político das imagens sacras. Por oposição a um certo tom liberal que vinha do período maneirista, o designado período barroco tornava-se muito mais controlador em matéria de pintura religiosa.
A arquitectura do Barroco foi sobretudo marcada pela entrada em acção da Contra-Reforma. O poder eclesiástico e temporal era absoluto e de origem divina. A arquitectura barroca veio representar com a grandeza e a sumptuosidade apropriadas a autoridade de ambos os poderes. Os meios utilizados eram semelhantes: o poder era encenado, os sentidos do observador estimulados; os objectivos eram a desorientação e a subjugação.Sendo a arquitectura a forma de expressão plástica mais completa, na medida em que serve de suporte às restantes expressões, conjugando-as em grandes narrativas de leitura complexa, é aí que encontramos com maior nitidez a materialização do espírito grandioso e dramático característico da época.
Partindo do princípio que toda a arte barroca é uma encenação, as suas construções serão palcos sumptuosos que servem às mil maravilhas a exibição esmagadora do poderio do rei absoluto e dos seus aliados no seio da igreja.
Barroco 2
Podem encontrar aqui:
(http://www.artchive.com/artchive/B/bernini.html#images)
algumas imagens de esculturas deste mestre italiano. Se visitarem este site poderão aproveitar para dar uma voltinha já que se trata de um imenso arquivo de imagens e textos sobre os mais variados artistas de todas as épocas (ou quase).
A entrada principal é http://artchive.com/ftp_site.htm
e, à vossa esquerda, encontram a lista de artistas e períodos à disposição.O site é em inglês e recomendo-o principalmente para quem está interessado em enriquecer a sua cultura visual.Divirtam-se.
Canaletto
Empenhando-se em quatro guerras contra os turcos, entre 1499 e 1716, Veneza saiu de cada campanha com crescentes perdas em suas possesões marítimas. Mesmo exaurida pelas guerras, a "Sereníssima" tinha um comércio tão florescente que poderia sobreviver ao choque, não fosse a descoberta, nessa mesma epóca, das novas rotas para o Oriente, que desviaram as correntes de tráfego do Mediterrâneo para o Atlântico.
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